terça-feira, 20 de novembro de 2012


Eu Juliana Horstmann, sou asmática. Já deixei muitas vezes de praticar exercícios físicos devido a falta de ar. Porém percebi que com a prática regular de exercícios físicos, ao longo dos treinos, faz com que diminua minhas crises asmáticas, consequentemente diminuindo o uso da bombinha. Hoje sou profissional da Educação Física e também praticante de exercícios físicos, mas as vezes as crises aparece deixando me mal. Já consegui ficar mais de 1 ano sem usar a bombinha. Consegui este fato praticando exercícios físicos, como mencionei acima. 

Confiram neste texto abaixo, alguns estudos relacionados a doenças respiratórias:

Estudos mostram benefício dos exercícios para portadores de doenças respiratórias

18/10/2012
Por Carlos Eduardo Lins da Silva, de Toronto
Agência FAPESP – Um dos primeiros resultados do acordo de cooperação entre a FAPESP e as Universidades de Toronto e Western Ontário, no Canadá, é o trabalho conjunto que vem sendo realizado pelas equipes dos professores Celso Ricardo Fernandes Carvalho, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), e Dina Brooks, da Universidade de Toronto na área de tratamento de doenças respiratórias com atividades físicas.
Os dois pesquisadores apresentaram um resumo da colaboração que já está sendo realizada por eles durante o simpósio de abertura da FAPESP Week 2012, no dia 17 de outubro, em Toronto.
Brooks disse que sua equipe conta com a participação de brasileiros há dez anos e que, por isso, ela percebeu a existência de sinergia entre os dois países na sua área. “O acordo com a FAPESP pode fazer esse namoro virar casamento”, brincou, ao iniciar sua fala.
Sua especialidade é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), causada principalmente por cigarro e poluição. A enfermidade afeta pelo menos 4,4% dos canadenses, um em cada cinco fumantes, e é a quarta maior causa de mortes no país.
A pesquisa que Brooks conduz na Universidade de Toronto mostra que a prática de exercícios físicos é a maneira mais eficiente de reduzir os sintomas da doença, que – no entanto – não tem cura. Além disso, educação e assistência psicológica ajudam a amenizar os problemas causados por ela, como ansiedade e depressão.
Apesar disso, a porcentagem de canadenses que se submetem a esses tratamentos ainda é muito pequena, segundo Brooks: 1,2% dos enfermos. Em 1999, era ainda menor (apenas 0,5%).
Para Brooks, uma consequência imediata do diálogo com o Brasil foi a constatação de que 90% dos pacientes de DPOC também sofrem de asma, cujo tratamento é área de especialidade de Celso Ricardo Fernandes Carvalho.
Cerca de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de asma, segundo ele. Os países com maior incidência são Austrália, Brasil, Canadá, Costa Rica, Estados Unidos e Reino Unido. Fatores ambientais que agravam a enfermidade são alta poluição, baixa umidade e baixa temperatura.
A constrição brônquica provocada pela asma costuma aumentar durante ou logo após a prática de exercícios físicos, o que leva muitos enfermos a diminuí-la ou mesmo eliminá-la.
Com isso, é comum ocorrer obesidade ou sobrepeso entre asmáticos, causas de piora de sua condição geral de saúde e de agravamento da própria asma, pois quanto mais aptos fisicamente eles estiverem, menores e menos frequentes os sintomas, segundo pesquisas de Carvalho já comprovaram.
Elas também mostram que quanto mais grave for a constrição, maior é a recuperação do paciente que se trata com terapia física. Uma pesquisa de 2011 revela que pessoas que apresentavam sintomas em um dia a cada dois antes de passar por fisioterapia, passaram a apresentá-los em um dia a cada sete após os trabalhos de recuperação física.
Embora já se saiba que exercícios aeróbicos, como caminhada e bicicleta, e fortalecimento muscular são muito eficientes, Carvalho e Brooks dizem que ainda é necessário pesquisar mais para saber exatamente quais tipos de exercício podem ser mais produtivos.
Sinergia
Esta é uma das ambições que Carvalho e Brooks têm para os próximos meses de seu trabalho conjunto. Eles ainda esperam que o aumento de número de pacientes submetidos ao mesmo protocolo de tratamento proporcionado pela adição dos dois grupos aumente a relevância científica dos estudos de ambos.
Além disso, a Universidade de Toronto espera aprender com a USP mais sobre técnicas de mensuração de escarro, nas quais a universidade brasileira tem expertise. A USP almeja conhecer melhor e incorporar mais as técnicas de mensuração de efeitos de fisioterapia, em que a escola canadense se especializou.
Um dos problemas comuns aos dois grupos que Brooks e Carvalho vão enfrentar juntos é o desenvolvimento de meios e instrumentos para aumentar a probabilidade de um número maior de pacientes fazer manutenção dos exercícios requeridos em casa após o fim do tratamento nos centros de recuperação e para permitir que a assistência psicológica seja mantida a distância.
Numa demonstração de como a realização de eventos multidisciplinares como a FAPESP Week podem ser produtivos, Dina Brooks manifestou desejo de conhecer mais a experiência do Instituto Microsoft Research-FAPESP de Pesquisas em TI, cujos objetivos foram expostos também durante o simpósio de Toronto pela pesquisadora Juliana Salles, que se dispôs a tentar projetar algum aplicativo que permita a utilização de aparelhos de comunicação móveis que se destinem especificamente a atender os objetivos de Brooks e Carvalho.
 

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